quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Algar das Eiras 2009 - Síntese dos Trabalhos


O NEALC anuncia que os trabalhos referentes a Expedição correram dentro das nossas expectativas e que os resultados finais serão posteriormente apresentados.
Esta cavidade já tem uma profundidade considerável, segundo os nossos cálculos rondará os 160/170m, mas só a topografia o dirá com certeza.


Quando foi anunciado a Expedição referenciamos por lapso de memória que a desobstrução teria lugar aos 140m, mas na verdade é aos 120m, contudo atingimos a profundidade desejada.
Esta cavidade é extremamente dura do ponto de vista da progressão vertical, não nos dá muitas tréguas no seu percurso, roçamos o peito e as costas durante quase toda a descida e subida.


Esta Expedição foi uma experiencia para nós todos nomeadamente na preparação de toda a logística e consequente implementação. Sabemos por certo que este tipo de campanha não é muito vista pelo nosso maciço, e também calculo, que não seremos o vento de qualquer mudança, mas uma coisa é certa, este tipo de intervenção é o mais rentável em termos de exploração, pois não temos de voltar ao mesmo local 2 e 3 vezes, se o tivermos de fazer que seja para ir mais ao fundo, para a próxima desobstrução.
Esta passagem levou-nos 22h de trabalho árduo, se assim não fosse, teríamos de lá voltar vezes sem conta.
Para a maior parte dos espeleólogos foi uma longa jornada debaixo de terra com sucessivas trocas entre o local de alargamento e a zona de acampamento subterrâneo para o merecido descanso. A alimentação lá ia chegando a zona de descanso, pois não há espaço para montar “cozinha”, o espaço que há é reservado para as camas onde temos de passar por baixo para ir para o local da desobstrução 20m abaixo.
Como era impossível ter cozinha lá em baixo havia uns “Sherpas” que confeccionavam a comida a superfície e a transportavam para o acampamento subterrâneo.

Para que funciona-se, o espeleofone deu larga vantagem, pois sem meios de comunicação lá para baixo era impossível saber quando e a que horas teriam fim as provisões dos espeleólogos.
Durante esta Expedição fomos visitados por enumeras pessoas ligados a espeleologia ou não, família, amigos e um sem número de curiosos.
Dos visitantes amigos e espeleólogos tivemos o privilégio de ter a ilustre visita dos exploradores das profundezas, o Pedro Robalo, Paulo Rodrigues do NALGA, Rui Andrade do NEAU, José Silva e Beatriz Silva da Alto Relevo, e do Rui Meira, que peço desculpa pela minha ignorância, mas não sei a associada.

Membros do NEALC presentes:
André Gaspar; Diana Sousa; Eurico Justo; Orlando Elias; Orlando António; Victor Figueiredo; Mário Matos; Ana Calambra; João Louro; Paulo Louro; Gabriel Vaz e Sérgio Alves.
Outras Associadas:
Cajó - NEL
Sendo assim, resta-me apenas agradecer em nome de todos os participantes o apoio de todos os patrocinadores em especial a FABRICADALEGRIA por ter fabricado na totalidade as camas de campanha por nós idealizada, para que pudéssemos ficar no interior da cavidade.
Neste sentido o NEALC agradece o empenho e a dedicação de todos, e claro, sem a especial paixão que nos domina a alma em relação a espeleologia, sem isto é impossível fazer progressos.


Banquete final com direito a Champanhe






FOTOS:



Ultimas preparações antes de entrar


Ajustes Finais


Orlando Elias e André Gaspar no poço de entrada




Zona do acampamento e poço de acesso a desobstrução
Alguem tinha de controlar a malta, não fossem eles encontrar uma passagem para a China


Passagem a ser alargada




Orlando Elias na passagem já alargada, e trouxe do fundo boas noticias


Tou farto disto e já batia uma soneca (parece que alguem não sabe acertar a data e hora da máquina fotográfica)


Vitor Figueiredo sempre antento as movimentações do pessoal (sem largar a sandes...)

Cajó em mais uma viajem lá abaixo


Diana Sousa e Ana Calambra, as mulheres que salvaram este acampamento de morrer a fome

As belas das "sandochas"


Paulo Rodrigues um dos nosso ilustres visitantesHá sempre alguns que só aparecem no final