segunda-feira, 7 de abril de 2008

1º Curso de Espeleologia - Nivel I - 2008 Fim-de-semana 05 e 06 de Abril




O NEALC organizou um curso de espeleologia de Nível I no fim-de-semana 05/06-04-08, com o objectivo de proporcionar aos formandos um entendimento e conhecimento genérico sobre a espeleologia e grande parte dos fenómenos a volta da mesma.
Uma vez que um curso deste género centra-se mais na ética espeleológica, o NEALC focou grande parte da sua intervenção nos fenómenos cársicos com o intuito de identificar e melhorar a forma de proteger e preservar o meio espeleologico e meios envolvente, recorrendo obviamente, ao glossário dos termos cársicos.
O curso de espeleologia de Nível I consiste na sensibilização e informação sobre a prática e ética da espeleologia, orientadas para o conhecimento do meio Cavernícola numa perspectiva educativa, incluindo visita a cavidades sem dificuldade técnica.

Curso de Espeleo... Nível I 05-04-08 (1º Dia)

Fórnea

Este fenómeno geológico dá a ilusão de ser um anfiteatro natural. Assemelha-se a um grande abatimento da crosta terrestre com inicio em Chão das Pias e desce até Alcaria. As erosões provocadas pelas chuvas e pelas águas nascentes criaram um cenário natural impressionante, a esta erosão pode ser chamada de "erosão regressiva". No interior da Fórnea encontra-se a Cova da Velha, uma cavidade com uma nascente que alimenta o Ribeiro da Fórnea.















..."estavamos a ver se apanhavamos um pouco de carraças"...












..é sempre a subir...vamos lá...


Gruta da Mouração

















A cumprir a ética da espeleologia.








" OLHA...isto parece ser tremoços marinhos...não é..."
"ó Fabiana...achas...não existe tremoços no fundo do mar...
"então se os tremoços são salgados é porque vem do mar...não é?

"Depois de um breve explicação"

...xxxiiiiiiiiiiiiiiiiii...já troquei os pés pelas mãos....








Ó Eduardo, nós vamos a mais grutas não vamos?
























Visita a Gruta Cova da Velha








































A FLORA
Agradeço a Noémia Rodrigues o envio da informação sobre a flora local





cistus crispus - roselha; Nome Vulgar Sargaço







Rosa-albardeira (Paeonia broteroi)

Nos recantos mais escondidos, atrás de alguns tufos de arbustos, ocorre uma das espécies mais raras, a bonita rosa-albardeira, localmente conhecida como cuco, por a sua floração coincidir com a chegada dos primeiros cucos-canoros (Cuculus canorus). Trata-se de uma planta relativamente robusta, podendo atingir 70 cm de altura, com flores hermafroditas, solitárias, de cor vermelho-rosa, muito grandes ( 8 a 15 cm de diâmetro) e vistosas. A rosa-albardeira está identificada como um endemismo ibérico e, actualmente, encontra-se ameaçada devido à destruição do seu habitat natural e por ser apanhada para ornamentação. "

Nome cientifico : Paeonia broteroi Boiss. & Reuter

Nome comum : Rosa albardeira

Nome regional : Rosa albardeira

Familia : PAEONIACEA

A ROSA DA PENÍNSULA Rosa-albardeira, rosa-de-lobo, erva-casta, erva-de-santa-Rosa, são alguns dos nomes por que é conhecida. O nome albardeira chega-nos do árabe al ward - à letra, “a rosa” - e é essa a sensação que temos quando a vemos pela primeira vez: esta é “A” rosa por excelência, a rosa original em todo o seu esplendor selvagem. Tem dois ou três palmos de altura, as pétalas são redondas e regulares, passando os botões, com o tempo e a exposição ao sol, de um rosa avermelhado ao rosa claro. O perfume é doce e subtil. Trata-se de uma peónia selvagem, mas, ao contrário das outras quatro espécies, não aparece em toda a Europa.

Rosa-albardeira

Começou por se chamar Paeonia lusitanica (Miller), mas foi rebaptizada Paeonia broteroi (Boissier & Reuter) por se tratar de uma espécie endémica da Península Ibérica, onde aparece, com parcimónia, a Oeste e a Sul. Prefere lugares de estrato arbóreo esparso, menos expostos ao sol e perto de cursos água. Floresce, brevemente, entre Março e Junho. A família das peónias figurou em antigas farmacopeias como indicada no tratamento de epilepsia, convulsões e dores de cabeça, o que não é de todo impossível, já que foi identificada a presença de um alcalóide capaz de contrair os vasos sanguíneos. Para outros, também teria o poder de afugentar as tempestades e os espíritos malignos - para nós, a Paeonia broteroi é mais um exemplo da beleza e diversidade botânica que é possível encontrar" na Serra de Aires e Candeeiros.




Lotus corniculatus.

Nome vulgar; Cornichão.

Euphorbia characias;

Nome Vulgar, Trovisco macho.

Curso de Espeleo... Nível I 06-04-08 (2º Dia)

MANHÃ DO 2º DIA NA GRUTA DO PENA Gruta Algar do Pena, neste centro de interpretação subterrâneo poderá observar a maior galeria natural de Portugal.
Esta cavidade tem mais de 100.000m3 de volume.
Poderá observar esta "sala natural" desde a sua plataforma, a mais de 35m de altura.
A galeria tem mais de 45m de altura e tem uma profundidade máxima de uns impressionantes 90m de profundidade.

























































TARDE DO 2º DIA NO ALVIELA
Percurso pedestre do Alviela, permite-nos visitar a Exsurgência, o Canhão Cársico, o poço escuro zona de estravasamento do Rio Alviela, a Janela Cársica e a zona da Perda da Ribeira dos Amiais.




















































Geodromo
Uma viagem através da era dos dinossauros até aos dias de hoje...
Neste simulador virtual podemos viajar através das origens da nascente do Alviela, formação da rocha calcária desde à 175 milhões de anos, acompanhar manadas de dinossauros que passaram sobre as margens da Serra de Aire e conduz-nos até as profundezas da terra através de grutas ou cursos de água.
Podemos acompanhar fenómenos geológicos, como a deriva dos continentes, o impacto do meteorito que abriu a cratera de “THOR” ao largo da Nazaré e também a elevação do Maciço das Serras de Aire e Candeeiros.







Climatógrafo
O ciclo da água em 3D
Através de imagens tridimensionais o visitante pode ver os 180Km2 de território que integra a bacia de alimentação do Alviela, podendo ver também as estações do ano e observar caudais anuais na ordem dos 120 Milhões de m3 de água, com isto ficará a saber porque é que hoje se sabe que ali se encontra uma das maiores reservas de água subterrânea de Portugal.






Quiroptário
Vida de Morcego...
Neste espaço pode transformar as suas mãos em asas, ver com os ouvidos, aumentar as orelhas para ouvir melhor, repousar pendurado pelos pés e comer durante a noite metade do seu peso em comida.















Companheiro do Laúremio


Neste metro quadrado cabem mais de 2000 Morcegos Peluche









Daniela e Noémia a tentar "ver" com o sonar, identico ao que os morcegos fazem para se orientarem em voo.





Rafaela e Laúremio a tentar "comer" mais de metade do seu peso em comida numa só noite de "caça". É isto que os morcegos fazem todas as noites quando saem das grutas para caçar insectos.